Lua nova

EGOÍSMO TÍPICO
imagePara compreender as minuciosidades de toda a trama é preciso uma atenção redobrada, que logicamente não se resume a este longa, mas toda a saga Crepúsculo que complementa as trajetórias de vida do pseudo-triângulo amoroso, formado por: Bella (Kristen Stewart); Edward (Robert Pattinson) e Jacob (Taylor Lautner). Ou talvez nem seja necessária uma atenção tão redobrada assim. A saga, imaginada e escrita pela mente conturbada de Stephenie Meyer, é marcada por oferecer (ou ao menos buscar oferecer) uma gama de tentativas... Isso mesmo, nada mais que tentativas. Tentativas de transferir ao expectador uma viajem ao universo dos vampiros ou tentativas – mais que frustradas – de retratar a vida dos lobisomens.
Como se não bastasse, o filme, dentro dessa conexão monstruosa que um dia já fora tão atraente, põem-se tentar refazer os já conhecidos triângulos amorosos. Entretanto – pergunta meu estimado leitor – qual o motivo de se considerarem os esforços desse filme nada mais que breves e frágeis “tentativas”? É exatamente o objetivo dessa análise. Aquilo que iremos conhecer nas próximas linhas.
Lua Nova (New Moon, em seu título original), foi dirigido por Chris Weitz, produzido por Wyck Godfrey e Karen Rosenfelt. O longa não teve dificuldades em dar continuidade ao imenso sucesso que a saga Crepúsculo proporcionou ao mundo do cinema da indústria de massa, especialmente dilatado pelo êxtase infanto-juvenil, a partir dos seus sonhos em paixões dilacerantes e imortalidade inflada pelos ditos ridiculamente passados a frente, como o “te amarei para sempre”. No entanto – e aqui o motivo ao qual explica a escolha desse filme em específico – se olhado mais atentamente, longe dos suspiros e gritos histéricos ocasionados pela estética já tão batida, o romance pode nos dizer algo mais.

Bola de Fogo


Não há muitos dias atrás, estava eu a conversar com alguns amigos sobre a linguagem. A roda era composta por pessoas de diversas áreas, o que tornou a prosa bem mais interessante, pois deu a conhecer, por exemplo, o que um sujeito que estuda Agronomia pensa da Língua Portuguesa e do seu uso no dia-a-dia.

Na ocasião discutíamos sobre o fato de haver ou não um “português correto”. É verdade que essa discussão é tão antiga quanto a própria palavra “antiga” ou “antigo”, provenientes do latim antiquus, o qual se refere a algo que existiu outrora ou que existe há bastante tempo. É verdade também que não importa o quão antiga seja uma coisa, pois sempre será possível tirar dali um bom ensinamento.

O pequeno “exercício” do parágrafo anterior tem lá suas utilidades. Há indivíduos que fazem questão de entornar um português impecável, salpicado aqui e ali com um pouco de Latim e Grego, nos espaços os mais diferenciados possível. Desses dizem que são eloqüentes, homens de cultura, capazes até, graças à incomum sabedoria acumulada, de descobrir o que tanto o Pensador de Rodin matutava, isso só de observar a posição da escultura.