Os anjos do meio da praça [curta]

Hoje tive a oportunidade de vi um maravilhoso curta de animação brasileiro de 2010, e  quero compartilhar com vocês a mesma experiência lúdica que esse filme me causou. Os anjos do meio da praça, é uma fábula sobre anjos caídos, sonhos esquecidos, e um menino. É impressionante como em 10 minutos uma animação fez com que refletisse por horas. Confira >>


Maiores informação sobre o filme e os prêmios que o curta ganhou aqui: http://anjosdomeiodapraca.blogspot.com/

Premonição 5: a exaltação da morte

Premonicao-5-posterConfesso que tenho preconceito com filmes que carregam gênero terror, talvez pelo meu alto grau de humor negro, não consigo segurar o riso em meio a cena mais horripilante, ou por achar que quase todos são chatos, bobos e com roteiros fracos. Pois bem, Premonição 5 conseguiu a proeza de ratificar esses dois argumentos que fazem com que eu não curta o gênero terror no cinema. Mas não é só de morte que vive um filme de terror, ou é? Em se tratando de um franquia cinematográfica que desde seu primeiro filme sempre valorizou a morte pela morte não poderíamos esperar nada além disso no atual filme.
O filme conta a história de Sam, que é interpretado por Nicholas D'Agosto, ele tem um estranho pressentimento que as pessoas com quem trabalha e viaja com ele irão morrer num grave acidente em uma ponte.
Previsivelmente o pressentimento acaba acontecendo, no entanto, nem todos são mortos nesse trágico acidente por causa da intervenção de Sam que minutos antes de tudo acontecer tenta avisar a todos sobre a desgraça vindoura. Alguns conseguem se salvar, mas o que eles não contavam era que o destino de todos já estava traçado e a morte irá "caçar" um por um até que estejam definitivamente mortos da forma mais inusitada possível, pois o grande lema da trama é que a morte não pode ser enganada. Sim, você já viu o modelo dessa sinopse antes, e foi nos outros quatro filme da franquia, nada de novo até então. No entanto, Premonição 5 tem um diferencial que o caracteriza como o melhor filme de toda série, a direção.

Soul Kitchen



Uma das regras básicas em Antropologia é que “comer” é uma necessidade biológica, mas o “como comer” é uma construção sociocultural. Comer não é um fato social, lembrando o bom e sempre incômodo Durkheim; é, por outro lado, uma carência inscrita no organismo das pessoas; e de natureza totalmente diferente é o que as pessoas fazem com essa carência.

Desse modo, há indivíduos em comunidades rurais espalhadas pelo Brasil que costumam almoçar “muito cedo”, às nove ou dez horas da manhã; há também pessoas que não entendem a janta como o consumo igual daquilo que fora posto no almoço; a janta tem uma “cara própria”, que se distingue daquelas do café da manhã e da segunda refeição diária.
Quis fazer essas divagações antes de escrever a respeito do filme que me proponho a comentar porque, primeiro, em minha opinião há a necessidade de um olhar mais atento para o ato de comer e de tudo que o envolve, e, segundo, Soul Kitchen (Alemanha, 2009), do cineasta turco-alemão Fatih Akin, trás à baila algumas questões relacionadas ao modo como comemos na contemporaneidade, quando a pressa e um pragmatismo pungente nos fazem perder de vista a gama de sentidos que há na partilha dos alimentos.