O Sobrevivente - Rescue Dawn


O filme Rescue Dawn (“O Sobrevivente”), lançado nos Estados Unidos em 2006, é uma adaptação baseada num documentário intitulado “Little Dieter Needs To Fly”, de Werner Herzog. O mesmo dirigiu o filme e foi responsável por seu roteiro repleto de altos e baixos. Lógico que, neste caso, com um filme baseado em fatos reais, desejar um roteiro melhor pode me fazer cair na armadilha de querer que o diretor tornasse um pouco mais “atrativo” aos olhos o que realmente aconteceu com aquele piloto em solo vietnamita, o que consequentemente atrairia o autor para o campo da espetacularização dos fatos.

Mas, sem me prolongar nessa discussão, é legitimo descrever, mesmo que resumidamente, o objetivo central do drama: em sua essência, o objetivo central é descrever a tentativa de sobrevivência de Dieter Dengler, um piloto de origem alemã, servindo a Marinha Americana na guerra do Vietnã. Atingido na asa esquerda, Dieter cai em campo vietnamita durante uma missão secreta de ataque a Laos e é capturado. O piloto organiza uma fuga do campo de concentração junto a um pequeno grupo de prisioneiros, buscando se sobressair não apenas dos “inimigos” em volta, mas especialmente das adversidades daquela vasta floresta.

Quase deuses


Existem imposições compartilhadas por todos nós como “intransponíveis”. Existem condutas conservadoras passíveis de fácil perpetuação. Mas, por outro lado, há aqueles que não se contentam com as respostas. Aqueles que dissecam as perguntas. Os verdadeiros “homens da história”. Um deles foi Vivien Thomas. E sua trajetória, baseada em fatos reais, será aqui resumidamente descrita a partir da perspectiva oferecida pelo filme “Something The Lord Made” (“Quase Deuses”), do diretor Joseph Sargent e do roteirista Peter Silverman, bem como a de seu companheiro nos grandes feitos, que marcaram a história da medicina em todo o mundo, o Dr. Alfred Blalock.
Diferentemente das produções convencionais de reconstrução de acontecimentos históricos reais, o filme “Quase Deuses” não se limita a nuclealizar um aspecto e reificá-lo.

Muito pelo contrário. A obra se dinamiza a identificar as deficiências na relacionabilidade humana, que variam quanto a preconceito de cor, gênero, formação educacional etc., e num contexto específico, poderiam causar maiores danos ao desenvolvimento civilizatório, não fosse a magnitude de certas almas, a grandeza, por nascença, de quem foi criado para protagonizar mutações, para revolucionalizar. Almas que, nesta ocasião, cruzaram o caminho umas das outras, justamente para desconstruir o “imutável”, o “intocável”.