Kick-Ass


Desde sua noção do que se refere “vida social”, vai me dizer que jamais, ao menos por um instante, pensou em ser capaz de atingir uma espécie de “nível” superior ao seu, se transmutar em um ser mil vezes mais forte, capaz de transformar a realidade em volta? Com os estudos, trabalho, filhos, contas para pagar, poucas horas a dormir, vai me dizer que nunca pensou em se transformar em três, em quatro, em cinco? E quanto à desigualdade no mundo? Jamais pensou em melhorar o lar onde habita? É por isso, caro leitor, que estou aqui para apresentar uma novidade nos cinemas super-financiados do mundo, algo que pode tocar profunda e intensamente em alguns de seus anseios mais protegidos. Aqui, não vou retornar ao universo extremamente apelativo da “ficção FICÇÃO”, mas, desta vez, a “ficção” nos oferece um conteúdo concreto. Nada de poderes, apenas carne, sangue e suor.

O longa “Kick-Ass” não tem muito de atrativo para quem o enxerga de fora, para falar a verdade, parece até absurdo (a começar pelo título de divulgação). Mas, traz em seu arsenal de marketing a participação de um dos atores mais renomados de Hollywood. Nicolas Cage. Além, é claro, do co-produtor Brad Pitt que dessa vez ficou por detrás das cortinas. O filme foi remodelado para cinema após ter sua essência explorada numa revista em quadrinhos do mesmo nome, dos autores Mark Millar e John Romita Jr. Nas telonas, foi dirigido por Matthew Vaughn e roteirizado por Jane Goldman.