O fim de Two And a Half Men


Em toda casa existem alguns hábitos que fazem parte do cotidiano da família, dos amigos. Quase que religiosamente, fazemos algumas coisas banais que, mesmo sem perceber, são passadas para as próximas gerações. Reunir o pessoal, fofocar, jogar, brindar, brigar, fazer refeições juntos e por aí vai. Todo mundo sabe do que estou falando. Lá em casa, por exemplo, um dos rituais mais requisitados por alguns anos era assistir Two And a Half Men (Dois Homens e Meio) durante qualquer refeição. Em diferentes situações, lá estava a série americana iluminando nossa sala. Nem as piadas repetidas deixavam de ser engraçadas, eram confortáveis aos nossos ouvidos, como o Chaves ou Chapolin, que se sentem em casa no nosso ambiente (não estou comparando os clássicos, por favor!). Era bem estimulante perceber as diferenças entre irmãos, os conflitos de Alan e Charlie: um que anda na linha e só se dá mal; outro que exagera na diversão e dificilmente sofre consequências. Tudo isso atrelado ao desenvolvimento de um garoto, fortemente influenciável e também rodeado por mulheres dominadoras e castradoras, tomando Malibu, Califórnia, como cenário perfeito. Essa minha experiência não é uma experiência isolada. Muita gente tomou a série para si e a fez parte dos rituais de família, afinal, são 12 anos de produção e muita história pra contar (8 anos, se contarmos a "parte que valeu", com Sheen).

We'll Never Have Paris: a doce tragédia de amar



Finalmente tive oportunidade de assistir We'll Never Have Paris, filme de um dos atores de comédia que mais admiro. Simon Helberg, talentosíssimo Howard Wolowitz, da série americana The Big Bang Theory, também dirige o filme junto com sua esposa, Jocelyn Towne. A trama é exatamente sobre eles dois. O filme de 1h35min. de duração reserva boas risadas a partir das estúpidas escolhas de Simon, que nos conquista por estarem tão direcionadas ao nosso próprio mundo, de maneira simples, direta, inesperadamente comum.

The Normal Heart: corações em guerra

Mark Ruffalo e Matt Bomer formam o par romântico principal.


Particularmente, o entusiasmo para assistir The Normal Heart veio das participações de dois atores premiados que eu gostaria de ver em situações diferentes após seus papéis de sucesso no cinema e na televisão. De um lado, Jim Parsons, o atual "dominador" do Emmy Award por suas impecáveis atuações como Sheldon Cooper na série de comédia número 1 da programação americana, The Big Bang Theory, sendo indicado seis vezes e levando o prêmio em quatro oportunidades. Por outro lado, Mark Ruffalo, ator que teve de segurar um grande pepino ao aceitar atuar como Hulk no principal filme do universo Marvel até aqui (único herói que ainda não tinha emplacado nas telonas) e o fez muito bem. Entretanto, o filme os retira de suas zonas de conforto, confrontando-os com um drama pra lá de emocionante.