A você, pessoa de bom
coração, que bota fé no desenvolvimento espiritual autogerado da humanidade. A
você, que acredita na ética, na educação do caminho reto, na justiça que não,
não falha, ainda que tarde. A você que repete desavisadamente aquela máxima reaça de que 'bandido bom é bandido morto'.
Enfim, a você, pessoa certinha, que adora aqueles filmes (ou os slides no power
point) que deixam uma boa e costumeira lição de moral, deixo-lhes um recado e
um alerta: esta postagem pode ser encarada como um desserviço.
Existem filmes que nos
testam, que colocam em xeque até o mais bem resolvido integrante do lado *mocinho* da história. São longas desprovidos de hipocrisias
moralistas, que trazem críticas a trator em forma de diálogos brilhantes e sem
delongas, e que... bom, te fazem encarar um certo sentimento indesejado. Eis que, de repente, você *não quer*
ver o bandido morto. Você sequer quer vê-lo preso ou se dando mal. Por você,
aliás, é bom que a polícia nunca
consiga capturá-lo e que os quase invisíveis prejudicados por suas sacanagens se lasquem busquem paz interior em outros
territórios.