Sem sombra de dúvidas a maioria dos nossos leitores assíduos ao menos já ouviu falar do filme franco-belga “O Artista” (The Artist), que se passou em 1927. Sabe?! Aquele que criou um reboliço danado por ser filmado em preto e branco e sem qualquer diálogo, resgatando históricas produções cinematográficas e remando contra a maré dos filmes com super-efeitos computadorizados e remakes de heróis americanos (mesmo havendo alguns momentos em que se utilizou de efeitos digitais). Bem longe disso... A produção teve orçamento de apenas R$15 milhões. Nem mesmo o fato de ter perdido a Palma de Ouro para o americano “A Árvore da Vida” em sua estréia no último Festival de Cannes, fez atualmente do filme de Michel Hazanavicius menos candidato ao Oscar, até mesmo pelo fato de ter conquistado 50 prêmios de lá pra cá, dentre eles um Globo de Ouro. Mais que isso, neste momento, nenhum outro filme é melhor colocado na busca pelo prêmio mais importante do cinema mundial que “O Artista” (prêmio ao qual a produção disputará graças a 10 indicações). Como principal candidato, o longa desbancou favoritos, como: “A Invenção de Hugo Cabret” (filme do Scorsese, que teve uma indicação a mais.), “Histórias Cruzadas”, “Os Descendentes” e a já anteriormente citada “A Árvore da Vida”.