Arn: O Cavaleiro Templário


Por Wanderson Gomes


O filme de drama romântico dirigido por Peter Flinch e de título original “Arn: The Knight Templar” foi ambientado na Suécia, tendo seu contexto histórico resumido as guerras sangrentas ocasionadas na disputa de cristãos e mulçumanos pela Terra Santa, por volta de 1187. Em alguns importantes instantes da trama, os protagonistas, Arn Magnusson e Cecília Algotsdotter, subvertem as ordens severamente estimuladas por seus líderes religiosos, culminando numa transformação completa nos rumos de seus respectivos destinos.

Aqui, não há muitas inovações, se compararmos aos filmes que se igualam ao gênero de romantismo trágico. O esquema tático para alienação do espectador é o mesmo, onde podemos citar: a trama exageradamente prolongada; história inicialmente exposta de um período avançado na vida dos protagonistas e, depois, retrospectiva dos principais acontecimentos que levaram a esse estado; mocinho se afasta da bela donzela, tempos depois retorna ao calor de sua terra e de seu amor, mas, como de costume nessas ideologias fílmicas, são novamente separados por um empecilho forte e definitivo (neste caso, a morte), entre outros. Entretanto, mesmo encaixado nos padrões que tornaram longas desse gênero demasiado torturantes ao equilíbrio do consumidor, é-nos única a benção da potencialidade maior que intitulo de “individualidade ótica”. Um artifício altamente variante de acordo com as distintas experiências e culturas da vida humana e que nos permite enxergar um pouco mais além do “corpo aparentemente morto”. É essa tentativa que se fará aqui.