Por Wanderson Gomes
Aqui, não há muitas inovações, se compararmos aos filmes que se igualam ao gênero de romantismo trágico. O esquema tático para alienação do espectador é o mesmo, onde podemos citar: a trama exageradamente prolongada; história inicialmente exposta de um período avançado na vida dos protagonistas e, depois, retrospectiva dos principais acontecimentos que levaram a esse estado; mocinho se afasta da bela donzela, tempos depois retorna ao calor de sua terra e de seu amor, mas, como de costume nessas ideologias fílmicas, são novamente separados por um empecilho forte e definitivo (neste caso, a morte), entre outros. Entretanto, mesmo encaixado nos padrões que tornaram longas desse gênero demasiado torturantes ao equilíbrio do consumidor, é-nos única a benção da potencialidade maior que intitulo de “individualidade ótica”. Um artifício altamente variante de acordo com as distintas experiências e culturas da vida humana e que nos permite enxergar um pouco mais além do “corpo aparentemente morto”. É essa tentativa que se fará aqui.