Personagens dos quadrinhos e da TV transformados em Zumbi

Versões zumbificadas de alguns personagens dos quadrinhos e da TV. Trata-se de uma mostra do ilustrador americano, Andre de Sanches, que resolveu transformar em zumbis alguns personagens da cultura pop mundial. Confira abaixo os 10 trabalhos do artista.

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Batman

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William "Bill, o açougueiro" Cutting (papel de Daniel Day-Lewis em "Gangues de Nova York")

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Charlie Brown

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Pato Donald

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Homem de Ferro

Lado Nix – Uma série feita para a internet

Faz um tempo que venho divulgando umas séries / curtas feitas para internet aqui no blog, e isso não é por acaso! Eu realmente acho que futuramente essa vai ser um meio de produção gigantesco, o que hoje é uma alternativa a quem não tem acesso aos grandes meios de comunicação ou não tem muito incentivo do governo, no futuro bem próximo isso vai mudar e muitas produtoras irão enxergar a internet como meio de comunicação tão grande para as massas  quanto a TV ou cinema.

Um belo exemplo de produção de qualidade fenomenal feita somente para a internet e a série Lado Nix. Uma série em dois episódios com alguns efeitos especiais bem bacanas, um roteiro bem organizado, vale a pena conferir.

Vi lá no Jacaré Banguela

Videocast enCena #2 Filmes e Games

Está no ar o segundo videocast do blog Sociedade enCena. Neste, falamos sobre a relação filmes e games e das adaptações de games para o cinema. Confira.

Filmes comentados:

Mario Bros - http://migre.me/5SDTH

Prince of Persia - http://migre.me/5SDXf

Resident Evil - http://migre.me/5SE0z

Max Payne - http://migre.me/5SOVz

Sessão Curtas enCena #1

Sessão Curtas enCena #1
Estou começando uma nova sessão no blog. Curtas enCena, tem como objetivo a divulgação de curtas metragens do Brasil e do mundo. Vez ou outra irei postar um separadamente para analisá-lo. Veja o que já foi postado de curtas no blog Sociedade enCena http://migre.me/5SlPx.  A sessão sempre sairá aos sábados, você também pode mandar sugestões para sociedade.encena@live.com ou pelo nosso twitter @Socio_enCena. Por hora divirta-se com cinco curtas de animação divertidíssimos.

Road's End- A Short by Bri Meyer


 

Ringling Thesis 2010 - "dilla"


 

This Side Up - A Short Animation by Liron Topaz


 

The Monk & The Monkey (HD + Sub)


 

Swing

Rápida Vingança


O filme Rápida Vingança (originalmente, FASTER), protagonizado por Dwayne “The Rock” Johnson, dirigido por George Tillman Jr. e roteirizado por Joe Gayton e Tony Gayton, é a típica produção que, num primeiro momento aos olhos de qualquer amante do cinema em sua forma clássica, pode ser observada ou descrita como um “clichê” ou um “mais do mesmo”. De fato, a obra cinematográfica é realmente um chavão da produção fílmica, mas possui seus traços singulares e instiga e prende o telespectador com uma trama bem trabalhada, envolvendo drama, mortes impactantes, vingança (obviamente) e muita ação, aspectos convenientes e quase sempre presentes nas criações estreladas por The Rock.

Rápida Vingança conta a história de Driver (The Rock), um antigo ladrão que fora traído por um grupo de comparsas após uma ação assaltante a um banco, quase morto e recluso sob uma pena de 10 anos, onde passou a arquitetar o grande projeto de desvendar quem matara seu irmão, também envolvido no plano falido; e é aí que se toma sentido a “vingança” tão exaustivamente ressaltada no longa. Neste caminho, o filme possui em seu decorrer uma série de flashbacks que tentam indicar uma explicação lógica para sua cena inicial, onde Driver já se encontra sendo liberto da cadeia, pensando em castigo para os que o traíram. A partir deste ponto, podemos refletir sobre a teoria da vigilância e punição discutida com imensa propriedade pelo filósofo francês Michel Foucault, em seu Vigiar e Punir, e podemos também constatar sua inaplicabilidade institucional, no caso do condutor personagem principal da produção, o que influencia decisivamente os acontecimentos. Deteremos-nos a isso mais adiante.

Os anjos do meio da praça [curta]

Hoje tive a oportunidade de vi um maravilhoso curta de animação brasileiro de 2010, e  quero compartilhar com vocês a mesma experiência lúdica que esse filme me causou. Os anjos do meio da praça, é uma fábula sobre anjos caídos, sonhos esquecidos, e um menino. É impressionante como em 10 minutos uma animação fez com que refletisse por horas. Confira >>


Maiores informação sobre o filme e os prêmios que o curta ganhou aqui: http://anjosdomeiodapraca.blogspot.com/

Premonição 5: a exaltação da morte

Premonicao-5-posterConfesso que tenho preconceito com filmes que carregam gênero terror, talvez pelo meu alto grau de humor negro, não consigo segurar o riso em meio a cena mais horripilante, ou por achar que quase todos são chatos, bobos e com roteiros fracos. Pois bem, Premonição 5 conseguiu a proeza de ratificar esses dois argumentos que fazem com que eu não curta o gênero terror no cinema. Mas não é só de morte que vive um filme de terror, ou é? Em se tratando de um franquia cinematográfica que desde seu primeiro filme sempre valorizou a morte pela morte não poderíamos esperar nada além disso no atual filme.
O filme conta a história de Sam, que é interpretado por Nicholas D'Agosto, ele tem um estranho pressentimento que as pessoas com quem trabalha e viaja com ele irão morrer num grave acidente em uma ponte.
Previsivelmente o pressentimento acaba acontecendo, no entanto, nem todos são mortos nesse trágico acidente por causa da intervenção de Sam que minutos antes de tudo acontecer tenta avisar a todos sobre a desgraça vindoura. Alguns conseguem se salvar, mas o que eles não contavam era que o destino de todos já estava traçado e a morte irá "caçar" um por um até que estejam definitivamente mortos da forma mais inusitada possível, pois o grande lema da trama é que a morte não pode ser enganada. Sim, você já viu o modelo dessa sinopse antes, e foi nos outros quatro filme da franquia, nada de novo até então. No entanto, Premonição 5 tem um diferencial que o caracteriza como o melhor filme de toda série, a direção.

Soul Kitchen



Uma das regras básicas em Antropologia é que “comer” é uma necessidade biológica, mas o “como comer” é uma construção sociocultural. Comer não é um fato social, lembrando o bom e sempre incômodo Durkheim; é, por outro lado, uma carência inscrita no organismo das pessoas; e de natureza totalmente diferente é o que as pessoas fazem com essa carência.

Desse modo, há indivíduos em comunidades rurais espalhadas pelo Brasil que costumam almoçar “muito cedo”, às nove ou dez horas da manhã; há também pessoas que não entendem a janta como o consumo igual daquilo que fora posto no almoço; a janta tem uma “cara própria”, que se distingue daquelas do café da manhã e da segunda refeição diária.
Quis fazer essas divagações antes de escrever a respeito do filme que me proponho a comentar porque, primeiro, em minha opinião há a necessidade de um olhar mais atento para o ato de comer e de tudo que o envolve, e, segundo, Soul Kitchen (Alemanha, 2009), do cineasta turco-alemão Fatih Akin, trás à baila algumas questões relacionadas ao modo como comemos na contemporaneidade, quando a pressa e um pragmatismo pungente nos fazem perder de vista a gama de sentidos que há na partilha dos alimentos.

Get On The Bus

Costumo dizer para alguns amigos que a prova de que um filme é bom é quando a gente faz questão de ver todos os créditos ao final. Qual o nome daquele ator? e o daquela atriz? a música que tocou em certo momento, quem a compôs? quem a canta? de quem é o roteiro? etc.
Um bom filme desperta a curiosidade, provoca, perturba. Leva as pessoas a ficarem horas e horas matutando o sentido de uma frase, de uma cena, de uma melodia executada em determinada parte.
Get On The Bus, do cineasta estadunidense Spike Lee, é uma destas produções que incomodam, e que por isso, em minha acepção, merece ser visto repetidas vezes. O longa é um Road Movie sobre um grupo de homens negros que parte de Los Angeles, Califórnia, com destino a Washington, capital dos Estados Unidos, onde irá ocorrer um protesto chamado “Marcha de Um Milhão de Homens”. Mesmo sendo “puxado” por um líder bastante controverso – Louis Farrakham –, o qual é descrito em alguns momentos da película como misógino, homofóbico e antissemita, o evento conseguiu reunir pessoas das mais diferentes matizes, inclusive muitas que discordam veementemente da postura retrógrada de Farrakham.

Eu Não Quero Voltar Sozinho [Curta]


Fantástico curta que conta a história de um adolescente de 15 anos que como todo garoto da sua idade está passando por transformações. O que me chamou mais atenção no curta, foi que como dois temas muito delicados são tratados com leveza e naturalidade. Pensando que o público alvo do curta são realmente adolescentes, a linguagem e a sutileza que os assuntos são tratados são de suma importância para que se alcance o objetivo desejado. O curta pode ser exibido em sala de aula e é uma ótima ferramenta para um debate franco e eficaz para se obter uma educação inclusiva e sem preconceitos.

Amor e Anarquia


Assisti recentemente Amor e Anarquia (Itália, 1973), de Lina Wertmüller, e fiquei enamorado – literalmente. Deu até vontade de chegar para a diretora, dar-lhe um abraço e dizer: muito obrigado!
Amor e Anarquia é de uma beleza espetacular, a qual está presente desde o figurino até os diálogos desconcertantes. De Wertmüller já havia assistido um outro clássico, Mimi, O Metalúrgico, que, a meu ver, apresenta uma das melhores representações cinematográficas da cooptação política dentro do capitalismo. Após este primeiro contato com a cineasta fiquei interessado em conhecer outras obras suas. Foi ai que encontrei, dentre outros, Pasqualino Sete Belezas e Amor e Anarquia, tendo visto, por enquanto, apenas o último. Um texto tão pequeno como este é incapaz de abarcar todas as sutilezas de Amor e Anarquia, entretanto, fica o esforço de mostrar em linhas gerais sua temática, que a meu ver é mais atual do que nunca.

Dossiê Rê Bordosa [Curta]

Fama? Ego inflado? Espírito de porco? Quais os reais motivos que levaram o cartunista Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação?

Rê Bordosa foi um dos personagens de cartum que abriram minha mente para o lado sujo e escroto da sexualidade. "Alcoólatra, ninfomaníaca, desbocada e desprovida de bom senso", preciso falar mais alguma coisa sobre essa maravilhosa personagem? Amigos, estou falando de uma personagem que virou ícone da liberdade sexual durante a ditadura militar.

Revisitando a obra o cartunista Angeli, vi que produziram um curta-metragem sobre a Rê Bordosa ou sobre os motivos que levaram o Angeli matá-la... Foi uma grata surpresa, o curta é uma animação feita com bonecos de massinha e stop motion, um roteiro de suspense documentário baseado em entrevistas de cartunistas e pessoas ligadas ao Angeli além do ponto alto do curta que são as entrevistas dos outros personagens do Angeli. Divirtam-se.
   





Dossie Re Bordosa from Coala Filmes on Vimeo.


direção e animação
CESAR CABRAL


Depois do Fim do Mundo











Essa é sem dúvidas uma das melhores animações que já vi. Trata-se de uma tese de conclusão de curso do Flávio R. Moura, que ficou simplesmente espetacular. A animação tem uma pegada dos filmes do Tarantino, e eu como bom fã que sou, adorei isso... Roteiro bem distribuído, personagens bem montados, enfim, confiram o video.




Ahh, confiram também os outros trabalhos do rapaz em http://vimeo.com/user6916146 
Vi esse video pela primeira vez assistindo o NerdOffice - S02E19 .

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

1088 O “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” é um filme complexo. Sentimentos, decisões, questionamentos, defeitos, qualidades e uma dor envolvendo pessoas que decidiram apagar da mente algo quase impossível: as lembranças de um amor. A história de Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) desperta sensações estranhas, fazendo-nos entrar em um momento de reflexão. Patrick é mais um envolvido nessa história nada tranquila. Ele é um assistente da clínica que ‘’apaga lembranças’’ e que durante a seção com Clementine se apaixona por ela, decidindo assim usar os arquivos pessoais do ex de Clem (como é carinhosamente chamada por Joel), para fazer ela se apaixonar por ele. Um ‘triângulo amoroso’ é formado e os conflitos aumentam. Após ter sido ignorado, Joel procura um casal de amigos, o qual pede ajuda e seu amigo não aguentando ver seu sofrimento, alerta Joel para o que aconteceu. O ‘’ex-amor’’ de Clem decidiu, então, fazer o mesmo que ela. Mas durante o processo algumas coisas mudam. A luta para permanência do que é verdadeiro começa.

Laranja Mecânica

1823291 O filme aborda de uma perspectiva catastrófica o comportamento humano, que, aparentemente sem incentivos mais predominantes, tem a predisposição à determinadas atitudes, que em alguns casos não condizem com os padrões ético ou moral adotados pela sociedade.

No filme a personagem principal, Alex, que é de uma família de classe média que aparentemente não é afetado por nenhum problema social e psicológico, é adepto de comportamentos violentos, até o ponto de ser posto em uma escola para garotos com problemas de conduta para receberem orientação para não mais praticar atos contra a sociedade. Mesmo assim, Alex continua praticando tais atos subversivos com mais dois amigos, sempre entusiasmados ao preparem-se para a “boa e velha ultraviolência”, como eles dizem. Então, em um desses atos, Alex é pego e levado para o sistema prisional, como um verdadeiro criminoso.

Criança: a alma do negócio

eupodiatamatando_bebe_cheio_de_anuncios1 O documentário “Criança: a alma do negócio” trata de um assunto muito delicado e pertinente na sociedade contemporânea, sobretudo para a realidade em que se vive o Brasil. Consumo na infância é algo que deve ser tratado com cautela e ser dada a devida atenção.

Com o advento da tecnologia e o maior acesso a ela, ficou fácil também para que as peças publicitárias e propagandas circulem por toda a sociedade e cheguem a pessoas de todas as faixas etárias. Há anos atrás, o consumo não era tão crucial na sociedade como é hoje em dia.

GTA e a ética nos jogos eletrônicos

Verceti
Atualmente, pessoas com mais de vinte anos, geralmente, quando pensam em diversão na infância, lembram-se das brincadeiras com seus colegas no meio da rua. Correndo ou parado, o ápice era todo o pessoal junto, na rua, só para ter a sensação de liberdade.

Nos tempos atuais a coisa mudou um pouco. A maioria das crianças preferem ficar trancadas na frente de uma TV, seja assistindo desenhos animados ou se divertindo com jogos eletrônicos. Nada contra jogos eletrônicos, particularmente, sou muito fã deles.

Mas deve haver um limite, como para todas as outras coisas também há um limite, a fisiologia humana nos impõe esses limites. Não podemos fazer tudo e qualquer coisa a qualquer tempo que quisermos. Nosso corpo tem limites e devemos respeitá-los para vivermos bem.

Desafio no Ártico

A vida dos esquimós, bem como seus hábitos, usos e costumes foram bem descritos por Franz Boas no texto um ano entre os esquimós, além de esmiuçar, descrever detalhadamente seus contos, lendas, crenças religiosas a mitologia dos esquimós.
Podemos analisar no filme "Desafio no Ártico" (Canadá, 2003) - digirigdo por Charles Martin Smith - uma gigantesca discrepância existente entre a forma de olhar de mundo dos esquimós e o olhar de mundo que tem o civilizado. As duas concepções de mundo se entrelaçam de maneira harmoniosa no decorrer do filme; mas em primeira estância a etnocêntrica do industrializado, representado na figura do piloto de cargas, toma fez em seu discurso, ele nem imaginava qualquer tipo de relação com esse povo. 

“Eu mal imaginava que em pouco tempo olharia para aquele pequeno sujeito sujo, de cabelos compridos e olhos brilhantes, com sentimentos de interesse caloroso, para não dizer amizade; mal imaginava a cordialidade com que seria acolhido em suas pequenas cabanas.”*
Percebe-se no filme a significativa transformação que acontece no protagonista, onde inicia com o desespero diante da situação, na qual, eles se encontram, até que ele percebe que a jovem esquimó parece ser segura o suficiente para controlar a situação e tenta sem desespero algum sobreviver em meio às adversidades.

Lua nova

EGOÍSMO TÍPICO
imagePara compreender as minuciosidades de toda a trama é preciso uma atenção redobrada, que logicamente não se resume a este longa, mas toda a saga Crepúsculo que complementa as trajetórias de vida do pseudo-triângulo amoroso, formado por: Bella (Kristen Stewart); Edward (Robert Pattinson) e Jacob (Taylor Lautner). Ou talvez nem seja necessária uma atenção tão redobrada assim. A saga, imaginada e escrita pela mente conturbada de Stephenie Meyer, é marcada por oferecer (ou ao menos buscar oferecer) uma gama de tentativas... Isso mesmo, nada mais que tentativas. Tentativas de transferir ao expectador uma viajem ao universo dos vampiros ou tentativas – mais que frustradas – de retratar a vida dos lobisomens.
Como se não bastasse, o filme, dentro dessa conexão monstruosa que um dia já fora tão atraente, põem-se tentar refazer os já conhecidos triângulos amorosos. Entretanto – pergunta meu estimado leitor – qual o motivo de se considerarem os esforços desse filme nada mais que breves e frágeis “tentativas”? É exatamente o objetivo dessa análise. Aquilo que iremos conhecer nas próximas linhas.
Lua Nova (New Moon, em seu título original), foi dirigido por Chris Weitz, produzido por Wyck Godfrey e Karen Rosenfelt. O longa não teve dificuldades em dar continuidade ao imenso sucesso que a saga Crepúsculo proporcionou ao mundo do cinema da indústria de massa, especialmente dilatado pelo êxtase infanto-juvenil, a partir dos seus sonhos em paixões dilacerantes e imortalidade inflada pelos ditos ridiculamente passados a frente, como o “te amarei para sempre”. No entanto – e aqui o motivo ao qual explica a escolha desse filme em específico – se olhado mais atentamente, longe dos suspiros e gritos histéricos ocasionados pela estética já tão batida, o romance pode nos dizer algo mais.

Bola de Fogo


Não há muitos dias atrás, estava eu a conversar com alguns amigos sobre a linguagem. A roda era composta por pessoas de diversas áreas, o que tornou a prosa bem mais interessante, pois deu a conhecer, por exemplo, o que um sujeito que estuda Agronomia pensa da Língua Portuguesa e do seu uso no dia-a-dia.

Na ocasião discutíamos sobre o fato de haver ou não um “português correto”. É verdade que essa discussão é tão antiga quanto a própria palavra “antiga” ou “antigo”, provenientes do latim antiquus, o qual se refere a algo que existiu outrora ou que existe há bastante tempo. É verdade também que não importa o quão antiga seja uma coisa, pois sempre será possível tirar dali um bom ensinamento.

O pequeno “exercício” do parágrafo anterior tem lá suas utilidades. Há indivíduos que fazem questão de entornar um português impecável, salpicado aqui e ali com um pouco de Latim e Grego, nos espaços os mais diferenciados possível. Desses dizem que são eloqüentes, homens de cultura, capazes até, graças à incomum sabedoria acumulada, de descobrir o que tanto o Pensador de Rodin matutava, isso só de observar a posição da escultura.

Vicky Cristina Barcelona


Faz um pouco de tempo que assistir a esse filme e hoje tive vontade de assisti-lo novamente. Com certeza é um dos raros filmes que me interesso por assistir mais de uma vez – odeio assistir filme mais de uma vez – porém com “Vicky Cristina Barcelona” é diferente. Talvez isso aconteça por conta da minha verdadeira admiração pelos filmes do cineasta americano Woody Allen ou talvez por que esse filme, em especial, desperta em mim um verdadeiro redemoinhos de emoções e provoca as minhas convicções no quesito: relações amorosas.

Pois bem, em Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen, vem com uma proposta de bagunçar o sentido das relações. A força motriz do filme, o que move os personagens é a tão desejada e, ao mesmo tempo, tão inconstante paixão. Paixão no sentido visceral onde se encontram as loucuras por vezes ratificadas pela sociedade. 

Os mercenários

Os-Mercenarios_ACAOA presente análise busca, de maneira mais distanciada possível em termos de juízo de valor, tecer algumas considerações sensíveis à proposta do filme aqui trabalhado. Depois, o filme passará pelo crivo de interpretação sociológica, de ordem que venha a levantar alguns questionamentos e/ou conclusões a respeito da teoria social sobre a ação que está sendo representada no filme.
Os Mercenários, de direção de Silvester Stallone e com elenco de renomados atores como o próprio Stallone, Jet Li, Terry Crews, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger e Jason Statham, apresenta uma proposta de ação em quase todos os momentos do longa. Com um enredo básico que não envolve muitas conspirações, o objetivo claro é mostrar a força de um grupo de ex-guerrilheiros que se unem num tipo de empresa limitada que oferece serviços de intervenção de guerra. Tendo alguns exemplos iniciais da capacidade de organização e assaltos, como na invasão do barco de piratas Somalianos, é na violência pelas armas e pelas lutas de artes maciais que encontramos a grande força motriz do desenrolar da história. Sem a necessidade do uso de outras capacidades humanas, como a inteligência discursiva, o filme se resolve mediante a troca de tiros e socos e pontapés. Um tipo de ação esperada, uma vez que Stallone é o diretor ao mesmo tempo que o líder dos mercenários.

Max Payne

imageA história que culminou em grande sucesso no universo dos games foi elaborada por Sam Lake e desenvolvida inicialmente pela empresa finlandesa Remedy Entertainment e pela 3D Realms, a partir do ano de 1997. O enredo tão bem conhecido dentre os consumidores do jogo apresenta uma história que se baseia na perda da vida feliz ao lado de uma típica e bela “família americana” e na vingança sem limites de um promissor policial. Como se deu essa passagem dos games para as telonas sob a direção de John Moore é o objeto primordial a que irei me basear daqui pra frente.

Tipicamente, o consumidor de games necessita de uma boa justificativa que “compense” as mortes virtuais que irá causar a partir do início da empreitada para zerar determinado jogo. Não muito diferente é o consumidor de filmes, que se agarra em uma personificação do bem para justificar qualquer atitude “fora da lei” do seu mais novo herói. No game, O detetive Max Payne perde tudo. Não pode fazer absolutamente nada para evitar o trágico assassinato de sua esposa Michelle e seu bebê.