O longa-metragem
francês Busca Implacável, roteirizado
por Luc Besson e Robert Mark Kamen, dirigido por Pierre Morel e produzido pelo
mesmo Luc Besson, conta a história de Bryan Mills (Liam Neeson), um ex-espião do governo norte-americano, que então
trabalha em pequenos serviços de segurança particular, até que tem sua filha
Kim (Maggie Grace) seqüestrada por um
grupo internacional de tráfico sexual de mulheres, quando a mesma fazia uma
visita à Paris (mesmo contra a vontade do pai, já que Mills “conhecia os
perigos daquela parte da Europe), forçando o ex-agente a colocar suas antigas “habilidades
específicas” mortíferas em prática. Logo, Bryan descobre que o tal grupo é Albanês,
investiga nomes e começa sua caçada inclemente em busca da filha. Mal sabe ele
que a verdade vai muito além de um mero seqüestro, envolvendo traição, grupos
elitizados que financiam o tráfico e a tradicional corrupção policial.
As cenas ensandecidas,
rápidas e sem muitas palavras ao velho estilo Seagal de roteiro garantem a atenção
do espectador, desvendando a energia de Neeson no que confere a produções do
tipo ação. Apesar de ter participado de filmes de considerável sucesso do
gênero, o ator irlandês protagonizou um número apenas razoável deles. Porém,
neste caminho, o período que é delimitado partindo dos anos 2000 proporciona
uma maior abertura para o ramo. A partir do começo do novo milênio, surgem, no
mundo das telonas, nomes expressivos como o de Vin Diesel (xXx, Pitch Black, The Chronicles of Riddick, Fast and Furious) e o
de Dwayne The Rock Johnson (que já
teve um de seus filmes trabalhados anteriormente neste blog), o que pode ter
influenciado, de igual forma, o que discutimos no início desta análise. Neeson
surge como protagonista e astro dos filmes de ação justo nesta época.
Busca Implacável
reflete muito deste contexto. Os filmes de ação ganharam roteiros mais
adaptados ao desejo do público, os enredos ficaram mais ricos, mesmo não
alcançando excelência, os detalhes obtiveram maior importância e, obviamente,
os efeitos visuais deram um salto estrondoso, se compararmos com os sucessos de
bilheterias das décadas de 1980 e 1990. Por contar com um elenco quase que
inteiramente norte-americano, o filme ganhou bastante espaço no mercado dos
Estados Unidos e da Europa, apresentando novos ares para o diretor francês e
aumentando o número de admiradores do trabalho de Neeson. Apesar de possuir um
roteiro comum e, sobretudo, apesar de seus exageros, Busca Implacável propicia
ao expectador a apreciação de um tipo divertido e ritmo frenético de filme,
talvez até por causa desses mesmos exageros nas cenas. Tenho certeza que
qualquer um ficará grudado na tela da TV até o desfecho final da trama.
E por falar em
desfecho: foi anunciada pela FOX, para o dia 05 de Outubro de 2012, a estréia da
continuação da franquia, intitulada “Busca Implacável 2”. Desta vez, o novo
longa será dirigido por Olivier Megaton (Transporter 3) e promete mais ação ininterrupta com Liam Neeson no papel
principal novamente. Que venha mais ação e mais análises, então!