Alguns elementos nada complexos,
porém essenciais, fazem da animação em 3D
Resident Evil: Damnation (ou Biohazard:
Damnation) um filme surpreendente.
Criado pela Capcom e Sony Pictures, essa sequência de Resident Evil: Degeneration, lançada
neste ano de 2012, tem direção de Makoto Kamiya e foi produzida por Hiroyuki Kobayashi.
No filme, o contexto é de guerra
civil, travada pelos separatistas (exército da liberdade) e o governo da República Eslava do Leste. Entretanto, a situação se agrava ainda mais quando
existem suspeitas de que armas biológicas estão sendo utilizadas na guerra.
Para tentar solucionar o caso, Leon S.
Kennedy interrompe suas merecidas férias e se infiltra naquele território hostil.
Leon S. Kennedy. |
Leon batendo um papinho nada agradável com a presidenta e seus capangas fardados. |
Leon colocando Lickers pra dormir. |
Fiéis ao grau de importância dos
personagens consagrados em Resident Evil,
pelo menos aos que dizem respeito a esse estágio atual, como Leon e Ada Wong, tanto Degeneration
quanto Damnation são tramas
emocionantes que, de uma forma ou de outra, resgataram o terror e suspense
presentes nos primeiros games que marcaram positivamente todos os fãs, a partir
dos acontecimentos que atormentaram a fictícia Raccoon City a partir de 1998,
num clássico do Survival Horror. Dentre os aficionados, se comenta que as
animações conseguiram preencher lacunas e diminuir a insatisfação que a dupla Milla Jovovich e Paul W. S. Anderson provocou na maioria dos verdadeiros
conhecedores da história fenomenal. É certo afirmar que Paul exerceu sua licença poética para buscar alterar a trama de
acordo com suas ideias. Mesmo que deturpando o Resident que costumávamos ver, Paul
tem, lógico, toda a liberdade para criar e recriar outras formas de tramas e
subtramas, adequando-as a um contexto mais atual. OK! Isso é compreensível. No
entanto, o que constituiu essa ligação dos fãs com as animações foi unicamente
pelos responsáveis pela direção e roteirização elaborarem outras histórias sem
diminuir a importância daqueles personagens idolatrados.
Presidenta da República Eslava do Leste, Svetlana Belikova e Ada Wong, em confronto. |
Mas, voltando pro Damnation... Se já foi bom demais, na
minha humilde opinião de fã, ver Leon
como protagonista em Degeneration e
conseguindo manter seu papel de especialista em assuntos zumbis ou quaisquer
pestes mais, foi melhor ainda ter assistido a um Damnation que me passou, logo de cara, uma proposta óbvia,
posteriormente confirmada por seu diretor: a humanização de Leon. Não é segredo pra ninguém que
esse agente do governo, criado em 1997,
tem grande importância. Foram mais de 14 aparições em Resident, de filmes a games, umas como protagonista e outras como
coadjuvante. Entretanto, esse lutador de Taekwondo,
Ninjutsu e Jiu-Jitsu sempre pareceu perfeito demais aos olhos de todos. Com
aparência típica dos símbolos masculinos norte-americanos, o Capitão América do terror sempre foi disciplinado,
desde sua primeira função na polícia de Raccoon
City. Como exemplo disso, está a falta de relações amorosas desse personagem
durante as missões. Leon carecia de
mais humanidade e esse, sem dúvidas, é meu principal destaque em Resident Evil: Damnation. O diretor
promoveu aos fãs um Leon S. Kennedy
que bebe um pouco pra esquecer os problemas, algo simples, mas lógico do ponto
de vista de um humano que enfrenta por longos anos essa situação de calamidade
global, ocasionada por grandes corporações mancomunadas em favor de
experimentos de consequências catastróficas. Esse Leon é um dos melhores já feitos! Ele não é invencível como já
quisera mostrar. Ele bate, mas apanha, sangra e até desmaia.
Algumas situações foram
resgatadas do game Resident Evil 4
(onde ele é protagonista) e Resident
Evil 5 (onde Chris Redfield é
protagonista). Do 4, os constantes e tensos encontros com Ada Wong, sua paixonite por debaixo dos panos. Do 5, o uso central
de armas biogênicas e suas mutações mais complexas, do que propriamente zumbis
caminhando sem destino nem qualquer habilidade. Sem falar, claro da aparição de Lickers e Mr. X fiéis aos clássicos.
Ada Wong. |
Licker. |
Mr. X. |
Confronto entre Leon e Mr. X: momento épico da trama. |
Enfim... Vale a pena conferir o
que a animação tem a oferecer. Não esquecendo que esse formato incorporado ao Leon será a base de continuidade no
game Resident Evil 6, na figura de
um agente especial bem mais maduro e consciente sobre seu papel nessa guerra
que acompanhamos por tantos anos.
Confira o trailer e até a próxima!
Por Wanderson Gomes.
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