Contém spoilers!
Recentemente assisti o episódio piloto de The Flash, a nova e promissora série da CW, que aborda a história do clássico personagem dos quadrinhos da DC Comics. O episódio foi escrito por Berlanti, Kreisberg e Johns, e dirigido por DavidNutter. Quando vi os teasers anteriores que temperavam ainda mais a espera, foi impossível não criar expectativas. Minha torcida era para que Flash seguisse uma rota mais adulta e sombria, saindo da especulada atmosfera de Smallville. E felizmente assim o foi! Era um tanto certo que o fosse, pois Barry Allen (Grant Gustin), antes de vestir o uniforme e incorporar o herói, havia feito uma participação na série Arrow, que é um sucesso e carrega as características que acabei de citar. Oliver Queen (StephenAmell), por falar nisso, é quem desperta Barry para uma nova realidade, o encorajando a seguir o caminho de protetor da cidade, de alguém com habilidades especiais que pode ajudar a salvar vidas. O diálogo em que Oliver diz a Barry que o raio não simplesmente o atingiu, mas o escolheu, dá uma ótima amarrada nas coisas e cria um sentimento em Barry de capacidade de ajudar, de fazer a diferença, deixando, portanto, os medos e dúvidas de lado naquele momento.
Mas, vou ser mais objetivo e falar, resumidamente, sobre o
percurso que o episódio piloto nos impõe.
Barry perdeu sua mãe quando tinha apenas 11 anos de idade num
estranho acontecimento, um fenômeno dificilmente explicável. Com a chegada da
polícia no local do crime, seu pai foi acusado injustamente e levado para a
prisão. Barry, então sozinho, contou com o pai de sua amiga de infância,
detetive West (Jesse L. Martin), para dar-lhe apoio
indispensável. Com West, Barry se inseriu na órbita da polícia e seus casos,
tornando-se posteriormente um funcionário da polícia científica, onde tentava
ajudar as pessoas solucionando casos, mesmo que não estivesse ainda diretamente
envolvido com toda a ação. Barry desenvolve ao longo do tempo ótimas
habilidades de investigação, até que uma catástrofe o direciona para algo mais.
Explosão, raios, produtos químicos no laboratório... Tudo deu errado para o
jovem naquela noite (ou haveria dado certo?). Atingido por um raio em meio a
outras situações acidentais, o futuro Flash entra em coma e só desperta após 9
meses, dando-se conta finalmente do que havia mudado, após os cuidados de
Harrison Wells (Tom Cavanagh) e sua equipe: Caitlin
Snow (Danielle Panabaker) e Cisco Ramon (CarlosValdes).
O jovem percebia que as ações mais abruptas ao seu redor estavam
visualmente cada vez mais lentas e ele podia se esquivar, analisar, pensar no
que fazer em segundos. Depois, percebeu que podia mover-se como nenhum outro
fora capaz. Mais uma vez, a equipe de Harrison Wells o ajudou a checar suas
habilidades, a estabilizar e entender seus movimentos, contribuindo com
acompanhamento médico, análise de sua velocidade, monitoramento dos batimentos
cardíacos e, o mais legal, com uma roupa especial (vermelha e com capuz, ainda
não necessariamente a vestimenta clássica) capaz de aguentar tanta rapidez.
Barry havia então percebido que poderia ajudar ainda mais os
colegas policiais a solucionar os crimes e, ainda, tentar de maneira efetiva
encontrar o responsável pela morte de sua mãe e pela injusta punição dada a seu
pai, ainda preso. Não faria isso apenas por suas novas habilidades, mas por
finalmente acreditar verdadeiramente naquilo que todos afirmavam ser
impossível, sabendo então que não estava louco pelo que tinha certeza de ter
visto na infância. Se o raio o afetou dessa forma impressionante, com certeza
poderia ter feito o mesmo com outros, despertando-lhes sentimentos de poder,
dominação e cobiça. A cidade precisava ser protegida.
Com ótimos efeitos especiais, a série da CW promete ser
instigante, se permanecer simples. Os objetivos de Barry já foram colocados
nessa fase inicial e estão próximos de serem melhor delimitados: encontrar o
assassino de sua mãe é a prioridade. Nada nebuloso, gigantesco demais ou
espetaculoso, por enquanto (e isso é bom). Flash ainda está aprendendo a lhe
dar com seus novos poderes, por isso sofreu um tanto para derrotar o primeiro
inimigo no final do episódio. Por sua vez, o que não animou muito foi a forma
como o nome "Flash" entrou na trama. Como o próprio Barry afirma em
seu discurso final ao espectador, o nome tinha sido escolhido a partir de um
amigo (que durante o episódio, indica que ele poderá fazer coisas incríveis,
num "flash"). Pensei numa entrada triunfante para o nome, mas tudo
bem... Nada que comprometa. Tem muita coisa pra rolar ainda...
DESTAQUE:
Como dito, o pai de Barry foi injustamente preso, acusado de assassinar sua mãe. E quem é o papai dele? Meus amigos, trata-se de JohnWesley Shipp, isso mesmo, o cara que deu vida ao Flash bombado na série de televisão dos anos 90. Demais, não é? Uma homenagem emocionante! O trailer tá logo abaixo. Até a próxima!
Trailer: