Resident Evil: Degeneração

clip_image002 Normalmente quando se tem em mãos um filme usando atores reais e outro em animação gráfica se escolhe ver o primeiro por... Sei lá... Bom senso?! Bem, esse não é o caso, pelo menos para mim, quando se trata das sequências de Resident Evil. Isso pelo fato de que prefiro indiscutivelmente ver Resident Evil: Degeneração umas 20 vezes ao assistir as produções e continuações dos filmes toscos de zumbis que nasceram do caso romântico entre Paul W.S. Anderson e Milla Jovovich. Na verdade, nem considero os filmes dessa dupla como parte integrante do universo sensacional de Resident Evil construído para os games.
Mas, o que é exatamente “Resident Evil”? Bem, não sei se posso dar uma descrição exata e resumida sem esquecer alguns importantes acontecimentos e personagens, mas posso tentar:

Resident Evil (também conhecido com Biohazard no Japão) é uma série de jogos eletrônicos em modo survival horror desenvolvida pela Capcom (originalmente para consoles da PlayStation) e criada por Shinji Mikami ou, como preferirem, é um “joguinho de zumbis”. Podemos descrever um pouco de seu enredo original afirmando que em julho de 1998 alguns acontecimentos intrigaram a polícia de Raccoon City (não arranquem os cabelos, a cidade é fictícia!). Naquela época, homicídios onde o canibalismo rolava a solta estavam sendo frenquentes nas Montanhas Arklay (ao norte de Raccoon City). Com a frequência de assassinatos, o Departamento de Polícia de Raccoon (R.P.D.) resolveu enfim enviar uma divisão especial para uma investigação mais apurada, a S.T.A.R.S. (Serviço de Táticas Especiais e Resgate).
clip_image004 A partir daí começa uma longa caminhada com o descobrimento do T-Vírus, criado por uma corporação chamada Umbrella (corporação fictícia, produtora de produtos farmacêuticos, armamentos, computadores e atividades clandestinas paralelas), responsável pela infecção dos indivíduos. O T-Vírus nasceu de um regenerante, um composto que buscava provocar rejuvenescimento, mas causou uma reação química sem precedentes. O vírus age em sua forma completa após a morte do indivíduo que, minutos depois, revive com um único desejo: se alimentar de carne humana.
De lá pra cá, foram muitas sequências dos games, com acontecimentos e personagens que marcaram sua história e criaram milhares de fãs por todo o mundo. Algum tempo depois, como era de se esperar, começaram as filmagens para atingir de cheio também os cinéfilos. Infelizmente, não posso decretar o mesmo sucesso. Os filmes, protagonizados inexplicavelmente por Milla Jovovich fugiram quase que completamente da perspectiva tão única do jogo. Seus personagens originais foram completamente diminuídos em importância ou simplesmente nem apareceram.
Se com pessoas de carne e osso encenando um dos games de maior sucesso em todo o mundo não houve lá grande empolgação dentre os fãs, a saída seria (que gênio, heim?!) levar os passos dos zumbis aterrorizantes em formato animado para as telonas, como uma cartada desesperada para recuperar o pouco que foi perdido. É aí que entra o filme Resident Evil: Degeneração (ou Biohazard: Degeneration).
O longa, todo em animação gráfica, tem 01 hora e 36 minutos de duração e foi uma parceria entre Capcom e Sony Pictures Entertainment Japan, anunciado em 18 de outubro de 2008 e lançado em 28 de dezembro de 2008 para Estados Unidos e Japão, chegando apenas um mês depois ao Brasil. O filme é protagonizado por Claire Redfield e Leon Scott Kennedy, importantes personagens do enredo original. Em seu contexto, são passados sete anos após a ordem de destruição completa de Raccoon City, por estar totalmente contaminada pelo T-Vírus. Algumas questões emergem dos terríveis acontecimentos que tomaram conta do aeroporto de Harvardville (Estados Unidos): como pode ainda haver mortos-vivos, se o T-Vírus teria sido dizimado junto com Raccoon City? E, existindo um T-Vírus, quem seriam os responsáveis por distribuí-lo, visto que a corporação Umbrella havia falido, pela periculosidade no consumo de seus produtos?
Para quem busca um entretenimento comum, ou seja, nada de esplendoroso, o filme é legal. Entretanto, para os fãs que acompanham assiduamente cada passo e ramificação do enredo, o filme é crucial. Cronologicamente, como já pontuei, o filme se passa sete anos depois da destruição de Raccoon e um ano depois da missão de salvamento da filha do presidente dos Estados Unidos por Leon (game Resident Evil 4). Ah, tem mais, durante o filme, você irá se deparar com o G-Vírus, que desenvolve reações muito mais devastadoras nos indivíduos que o ingere se comparadas ao T-Vírus. Normalmente, seu estado mais avançado leva a um estágio de mutação impressionante, transformando seus hospedeiros em criaturas horríveis.
Bem, quem exatamente está desenvolvendo os vírus, que traz de volta o temor de novas situações como as vividas em Raccoon City, eu prefiro manter em segredo. O certo é que os acontecimentos vistos em Resident Evil: Degeneração fazem linha direta com o game Resident Evil 5 (protagonizado por Chris Redfield, irmão de Claire Redfield) que, apesar de ter vendido absurdos no Japão com apenas uma semana (alcançando cerca de 43 mil títulos vendidos), é um fiasco dentre os fãs. Que venha então Resident Evil 6! O game unirá os protagonistas do 4 e do 5 (Leon e Chris respectivamente), buscando cenários que retornem ao seu modelo original.
Até a próxima, galera!
Wanderson Gomes
Assista ao trailer >>

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