Branco Sai, Preto Fica

O drama documentário brasileiro dirigido por Adirley Queirós, Branco Sai, Preto fica, apresenta o cinema marginal brasileiro. É isso mesmo, aquele que é feito e fala da periferia. Nesse filme observamos a vida de dois homens que tiveram suas trajetórias de vida marcadas pela truculência do Estado em um tiroteio em um baile de black music na cidade-satélite Ceilândia no DF. O filme retrata o cotidiano de dois homens, um paraplégico e outro com a perna amputada, a narrativa faz uma mistura com a ficção na existência de um personagem que veio do futuro para investigar e coletar provas do acontecido em Ceilândia-DF por ordens da justiça.
Branco sai, Preto Fica do título é referência a uma fala dos policiais que invadiram o baile mencionado, numa demonstração clara de racismo.
O filme tem um forte discurso político e crítico quanto a marginalidade, mas especificamente, aos moradores das periferias, no caso de Brasília, no entanto, pode ser expandido para outras realidades brasileiras. A percepção da cidade e a adaptação do sujeito a determinadas tecnologias que são necessárias para seu dia a dia evidencia o que chamo de “jeitinho brasileiro” e isso fica maximizado com as doses de sentimentos expressos na fotografia do filme que vai de imagens abertas, apresentando as paisagens das periferias e de quadro focais, quando falam diretamente da vida dos personagens.

True Detective: entre a luz e a escuridão


Finalmente acabei minha maratona da série americana True Detective, e tive uma das experiências das mais agradáveis em termos áudio visuais e fiquei instigado a escrever sobre. True Detective não é mais uma série de investigação que mostra o relacionamento amigável entre dois policiais detetives, muito longe disso, ela absorve o que há de mais dramático em termos de construção de personagens com uma narrativa densa e peculiarmente detalhista.

A primeira vista a série pode soar como sombria demais para os telespectadores mais ingênuo, porém, no desenrolar da trama o tom investigativo começa a surgir sem perder a árida tonalidade cinzenta. Falando um pouco da trama, a série aborda o processo de investigação de um crime bárbaro com supostas ligações de rituais de magia negra. Entre desaparecimentos de pessoas, mulheres e crianças para sacrifícios ritualísticos satânicos, a investigação dos detetives:  Rustin Spencer "Rust" Cohle e de seu companheiro Eric "Marty" Hart perpassa a linha tênue entre o profissional e o pessoal. 

BoJack Horseman: uma série sobre depressão e celebridades

Escrito ao som de Rolling Stones-Wild Horses, veja ali.



BoJack Horseman é um desenho animado estranho sobre uma estrela decadente de sitcom do anos 90 que é um cavalo. A série faz uma crítica social mordaz da indústria do entretenimento, é do tipo de desenhos animados projetados para agradar a internet. É, também, um dos retratos mais agressivas de depressão que já vi. Olhar o passado dos personagens animais antropomórficos e a sátira da cultura de tóxicos das celebridade. Esse show é radicalmente triste. Eu gosto disso.

O seriado é sobre BoJack Horseman,  uma estrela de uma única comédia dos anos 90. Ele deveria estar escrevendo um livro de memórias, em parte devido à insistência de sua agente, uma gata chamado Princesa Carolyn; parcialmente por insistência do seu editor, um pinguim chamado Pinky Penguin; e em parte porque, bem, ele não está fazendo nada. Contrata Dianne, um ghostwriter e humano regular, para ajudar - apenas os dois tornam-se muito mais do que memorialista e ghostwriter. Infelizmente para BoJack, Dianne é namorado do Sr. Peanutbutter que teve um série parecida com a dele nos anos 90 e seria o seu opositor.

Call the midwife: ela está onde está a ação


"eu não sabia nada de pobreza ou de moradias atrozes,
nada de piolhos, de sujeira,
de quatro membros de uma família dormindo numa cama.
e nada da paixão que provoca um bebê após outro, um parto após outro.
Não sabia nada da vida em si" 


Cada criança é concebida com amor, ou com luxúria,
e nasce com dor seguida de alegria,
ou de tragédia e angústia.
Cada parto é assistido por uma parteira
ela está onde está a ação.
ela vê tudo

Nas últimas décadas, tem acontecido todo um movimento mundial de resgate ao trabalho das parteiras - hoje enfermeiras obstétricas. Fundamentadas pelas evidências científicas que buscam combater  a morte de mulheres e oferecer tratamentos adequados às necessidades reais (e não mitológicas) das mulheres no parto, as lutas antes tão esparsas e individuais dessas profissionais hoje ganham forma e apoio de um Estado que percebe ser também economicamente vantajoso combater a 'tecnocracia' avassaladora. As mulheres estão consumindo cesarianas, por achá-las 'salvadoras', e os profissionais da vez são os cirurgiões obstetras, que parecem não saber mais assistir partos, apenas cortar barrigas e tirar bebês de dentro dela. No nascimento de hoje, as parteiras não estão, porque não está a ação. Só a inércia e a espera.

Chamar as parteiras de volta é um  dos elos mais importantes para que esse tipo de 'barbárie' (como define o obstetra Ricardo Jones) deixe de levar mulheres e bebês a riscos de morte ou a consequências mórbidas. Chamar as parteiras é uma das soluções fundamentais para resgatar o que há de bom no passado aliando, claro, com o bom uso da tecnologia desenvolvida até agora.

Rio em Chamas - Filme-Manifestação

Rio em Chamas - Filme-Manifestação


 (regular)
Rio em chamas é um filme criado no calor do momento, na emergência dos acontecimentos. Capta os diversos climas que motivaram e motivam as manifestações que ocorrem na cidade desde de 2013, dando a elas legitimidade e se incluindo mesmo barco. Apresenta uma sequência de confrontos nas ruas, então temos imagens fortes de choque entre manifestantes e a policiais, um barulho inteligível, vozes misturadas, deixando evidente a agonia e o desejo por mudança. Tudo isso sai da tela e faz o telespectador se sentir no meio do conflito.

Dou destaque a truculência policial e a luta de profissionais por condições mais justa de trabalho. Foi pouco explorado a participação dos black clocs, o papel da mídia (leia-se TV abertas) que influenciavam por terem uma posição tendenciosa diante dos acontecimentos. Gostei bastante da atualidade que o filme apresenta com acontecimentos recentes e imagem que não foram divulgados pela grande mídia.

O projeto do Rio em chamas é relevante por ser um coletivo formado de segmentos heterogêneos e por usar e incluir o cinema nas manifestações. No entanto, o filme não apresenta novas perspectivas ou propostas reflexivas e as imagens não apresenta nenhum material original, tendo em alguns momentos um aspecto familiar.

Assista o filme completo

The Flash: confira os destaques do episódio piloto da nova série da CW


Contém spoilers! 

Recentemente assisti o episódio piloto de The Flash, a nova e promissora série da CW, que aborda a história do clássico personagem dos quadrinhos da DC Comics. O episódio foi escrito por Berlanti, Kreisberg e Johns, e dirigido por DavidNutter. Quando vi os teasers anteriores que temperavam ainda mais a espera, foi impossível não criar expectativas. Minha torcida era para que Flash seguisse uma rota mais adulta e sombria, saindo da especulada atmosfera de Smallville. E felizmente assim o foi! Era um tanto certo que o fosse, pois Barry Allen (Grant Gustin), antes de vestir o uniforme e incorporar o herói, havia feito uma participação na série Arrow, que é um sucesso e carrega as características que acabei de citar. Oliver Queen (StephenAmell), por falar nisso, é quem desperta Barry para uma nova realidade, o encorajando a seguir o caminho de protetor da cidade, de alguém com habilidades especiais que pode ajudar a salvar vidas. O diálogo em que Oliver diz a Barry que o raio não simplesmente o atingiu, mas o escolheu, dá uma ótima amarrada nas coisas e cria um sentimento em Barry de capacidade de ajudar, de fazer a diferença, deixando, portanto, os medos e dúvidas de lado naquele momento.

Uma crítica de uma crítica à Malévola: misandria e feminismo radical na mesma sacola?

Atenção: esse texto conterá spoilers desavergonhadamente. 


Quando li por aí sobre a Disney ter caído na real atualizado seus conceitos sobre as personagens femininas que decide transformar em filme, tirando do bolso produções como Valente e Frozen, não imaginava que seria tão arrebatada por uma releitura da clássica Bela Adormecida, onde o foco mesmo não é a bela, mas a bruxa. E a bruxa não é bruxa, mas uma fada moderna que não usa cor de rosa e tem chifres. Para completar, seu maior dom não é graciosidade, mas a força.

Malévola protege a natureza, o pedaço de terra que pertence ao povo de Mors: fadas, duendes, e outros seres mágicos.  Os antagonistas, nessa nova produção, não são seres malignos vindo de profundezas de sei lá onde. Mas os humanos governados pelo tradicional velho e 'bom' rei e sua gana imperialista e dominadora (porque são assim que reis se tornam reis, segundo a vida real).

A Excêntrica Família de Antonia (Antonia - 1995)

★★ (bom)
O filme A excêntrica família de Antonia da diretora holandesa Marleen Gorris apresenta a vida em uma pequena cidade no interior da Holanda após segunda guerra, onde a volta de Antonia depois de vinte anos é vista de diversas formas: algumas positivas e outras negativas. Em torno da personagem principal percebemos a vida e a morte, as vitórias e as perdas.

A obra traz um universo feminino, onde as ações dos homens estão envolta de um poder e mostra eles agindo de forma impulsiva e irracional, como exemplo: o incesto onde o irmão usa a irmã, o filho que volta para receber a herança e impondo medo na família, dessa forma a diretora faz uma critica a sociedade machista e patriarcal e esboça uma defesa ao universo feminino mostrando que as mulheres do filme são independentes no mundo exterior; tocando em assuntos que ainda geram conflitos de ideias no período e algumas até hoje como: a independência feminina, aborto, a capacidade de decisão de ser mãe, sexualidade, homossexualismo, desejo. Ainda reforça a capacidade da mulher de trabalhar em diversas áreas.
E referindo sobre as reflexões apresentada no filme sobre a educação mostrando uma menina gênio, levando para o mundo da filosofia nos apresentando questões sobre o tempo, o raciocínio, a vida, a morte e questões existenciais.



A Excêntrica Família de Antonia traz também questões sociais como a violência sexual (essa tem maior destaques), as doenças psicológicas, as relações de vizinhança, os boatos na cidade (fofocas) e fazer justiça com as próprias mãos.
Um fator relevante a ser considerado é as experiências e de cada personagem, pois Antonia realmente tem uma família excêntrica, família essa criada de forma generosa devida a nem todos os personagens terem laços consanguíneos e todos se aceitam e se cativam, aceitando as diferenças entre eles dando maior importância aos laços afetivos.

O filme faz jus ao Oscar recebido 1995 por retratar uma realidade pós-guerra que não é contada nos livros de história convencional. 


Vou Rifar Meu Coração (2011)

 ★★ (bom)
O documentário Vou Rifar meu Coração da diretora Ana Rieper, mostra um romantismo à brasileira, apresentando através de músicas bregas e seus interpretes o imaginário romântico, sentimental e erótico pelo nordeste brasileiro. A diretora tomou para si o desafio de mostrar o brega e o romântico de uma forma sinônima qualificando o brega como um ritmo popular, romântico e principalmente de ritmo empatia sentimental do público.
O documentário apresenta grandes hits brega e seus artistas, porém, surpreende em dividir a narrativa com pessoas comuns que escutam e consomem o ritmo. O envolvimento das histórias de vida com as músicas traz uma completude a narrativa e a criação do imaginário que rodeiam o universo do brega.
Durante o Vou Rifar meu Coração encontramos diversos personagens como: o corno, o locutor de rádio, o bígamo, a outra (amante), os(as) traídos(as), a prostituta redimida por um homem apaixonado; aproximando o documentário ao íntimo do telespectador que sempre conhecerá alguns casos parecidos.
Gostei da forma como a diretora mostrar um nordeste bonito em sua simplicidade sem recorrer a efeitos visuais nem a estereótipos, fazendo bem sua função de documentário. Porém confesso que o filme me chamou a atenção por remeter a lembranças da minha infância através das músicas tocadas e das histórias que se conectam com muitos casos conhecidos por mim.

O documentário é muito bem elaborado, destacando seu aspecto de comédia que pode contagiar o público.


Assista o documentário completo

Falta pouco: contagem regressiva para a 2ª temporada de ORANGE IS THE NEW BLACK

O mês de maio já está chegando ao fim, e falta  pouco, bem pouco, para o lançamento da segunda temporada de Orange is The New Black, anunciada para o dia 6 de junho. Para quem, como eu, não sabe assistir séries quando disponibilizadas por inteiro (leia-se: não tem a menor disciplina e suspende completamente a vida para assistir todos os episódios de uma vez), essa espera é de quase um ano. A primeira temporada foi ao ar no dia 11 de julho de 2013.

Baseada no livro homônimo de Piper Kerman, a  série original do Netflix conta a história de Piper Chapman (Taylor Schilling), uma fabricante de cosméticos, noiva e com a vida quase-toda nos eixos, que é presa e condenada a responder por 15 meses um crime de envolvimento com drogas, cometido no passado com a ex-namorada bonitona, Alex (Laura Prepon). Essa é a história central, mas a graça mesmo ficou nas periferias: nas histórias das tantas mulheres com quem ela topa ao entrar no presídio de Litchfield, compondo todo um mosaico de situações - entre a vida prévia e a adaptação, entre isolamentos e convivências. E, claro, entre regras e improvisos. 

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido - Uma nova saga mutante está começando

★★(Muito bom)

E o sétimo filme da franquia X-Men acaba de estrear. Dirigido por Bryan Singer, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido tem a responsabilidade de dar coerência cronológica para a confusa saga dos mutantes no cinema. Explorando a volta psicológica no tempo, agora o futuro trágico poderá ser mudado pelas escolhas no passado. O elenco que mescla atores que participaram da principal trilogia dos X-Men como por exemplo: Patrick Stewart (Professor Xavier) e Ian Mckellen (Magneto) com a versão mais jovem dos mesmos personagens agora interpretados por James McAvoy e Michael Fassbender, respectivamente; estes últimos já devidamente estabelecidos no cinema no tão aclamado filme X-Men First Class (2011). Pretendo analisar os pontos interessantes e outros nem tanto deste que é a minha saga favorita nos quadrinhos.

Quer produzir um filme e falta grana? Conheça o CROWDFUNDING, ou o financiamento coletivo

E então você tem um projeto fantástico para produzir um longa, um documentário, ou um curta? Tem roteiro, sabe quem procurar para as diversas funções - da produção executiva ao marketing de divulgação. Fez pesquisas, conhece o assunto. É entusiasta pelo tema, ativista, militante. Tem tudo pronto na sua cabeça. Sabe até a roupa que vai usar no dia da pré-estréia! Só há um detalhe: falta verba para colocar em prática. Falta recurso, aliás,  até para comprar um tripezinho para seu celular com câmera. 

Copa do Mundo 1950 (Brasil): um grande sonho que se tornou um pesadelo - Dossiê

A Copa do Mundo no Brasil 2014 se aproxima é um bom momento para  a conhecer mais da Copa do Mundo de Futebol de 1950, onde o resultado todos sabem qual foi. Então vamos ver essa história que é trágica torcedor brasileiro. 

Copa do Mundo de 1950 (Brasil)
Filme da FIFA sobre a copa do mundo no Brasil em 1950.Filme produzido por Roberta Salvi conta em 25 minutos a trajetória da Copa do Mundo de Futebol de 1950. Evidencias as relações da Copa com a Guerra e mostra a derrota do Brasil para o Uruguai naquele ano.




O Espetacular Homem-Aranha 2: a ameaça de Electro

★★ (Bom)

E está em cartaz o novo filme do Homem-Aranha. Aqui pretendo trazer uma visão básica do que senti assistindo e quais são os principais erros e acertos que traz o longa. Dirigido por Marc Webb assim como no primeiro filme, Homem-Aranha 2: a ameaça de Electro, segue a tendência de renovação do personagem no cinema, porém consegue trazer uma maior imersão adaptativa no sentido de resgatar a essência do personagem dos quadrinhos para a telona.
A história do filme mescla com coisas acontecendo ao mesmo tempo e como Peter Parker (Andrew Garfield) consegue lidar com tudo isso ao mesmo tento. Os acontecimentos do primeiro filme ainda assombra o herói que tenta contornar isto da melhor forma possível. O sinopse oficial do filme é a seguinte: Peter Parker adora ser o Homem-Aranha, por mais que ser o herói aracnídeo o coloque em situações bem complicadas, especialmente com sua namorada Gwen Stacy (Emma Stone) e sua tia May (Sally Field). Apesar disto, ele equilibra suas várias facetas da forma que pode. No momento, Peter está mais preocupado é com o fantasma da promessa feita ao pai de Gwen, de que se afastaria dela para protegê-la. Ao mesmo tempo ele precisa lidar com o retorno de um velho amigo, Harry Osborn (DaneDeHaan), e o surgimento de um vilão poderoso: Electro (Jamie Foxx).

Um documentário para nascidos vivos: O Renascimento do Parto


Talvez dizer que o Brasil é o campeão de cesarianas não represente tanto um choque a quem ouve ou lê essa notícia desavisadamente. Tá, mas e daí? Talvez dizer que uma a cada quatro mulheres já revelou ter enfrentado algum tipo de violência durante o parto faça um ou outro erguer a sobrancelha. Sério? Como assim violência? 
Talvez por estarmos no mês das Mães ou, talvez, porque nas últimas semanas as discussões a respeito da situação dos nascimentos no Brasil tenham sido revigoradas, é de bom tom apresentar o documentário O Renascimento do Parto a quem ainda não o conhece. E a quem não o conhece, creio que a melhor forma de apresentá-lo é usar a expressão recorrente – que inclusive ilustra sua capa: ele é recomendado para *todas* as pessoas que nasceram.Ou, como brinca Jean Willys, que agora levanta essa bandeira no parlamento, a todxs que não vieram de 'chocadeira'.

Capitão América 2 - O soldado invernal: novo divisor de águas aos filmes individuais dos heróis da Marvel.


★★★★ (Excelente)

Filme após filme nos perguntamos: como o universo Marvel vai se superar agora? Qual será a próxima cartada? O filme revolucionário "Os Vingadores", que reuniu todos os heróis queridinhos e deu fôlego extra para a continuidade de investimentos nas produções, criou também uma expectativa exacerbada quanto aos lançamentos posteriores, incluindo os filmes individuais. Um brilhantismo se instituiu, não sendo tolerados níveis abaixo da perfeição absoluta. Qualquer herói amado estava então sujeito a ser vilão, caso um péssimo filme fosse realizado. Se a Marvel fez bonito em "Os Vingadores", que faça o melhor, sempre! É ou não é? Nesse sentido, no que se refere ao Capitão América: o que fazer para torná-lo tão interessante quanto o Tony Stark dos cinemas? Foram quatro tentativas, meus amigos. Isso mesmo... QUATRO TENTATIVAS que empreendi para tentar assistir a "Capitão América: o primeiro vingador" e consegui dormir em absolutamente todas. O filme que abordava a origem do herói e sua jornada contra o nazismo sempre foi desinteressante para mim, e contrastava com o explosivo e badass "Homem de Ferro" e o assistível "Thor". Dentre todos, até o vilão Loki lá de Asgard tinha mais sal que o super escoteiro-mor vermelho e azul. Portanto, como tornar o segundo filme mais dinâmico, capaz de dar mais ânimo aos fãs do Capitão nos quadrinhos? Como tornar o segundo filme tão legal quanto "Thor: o mundo sombrio", que acabara de aumentar a popularidade do herói pós-iniciativa Vingadores e fazer o público quase que esquecer o primeiro filme (bem menos fodão)? Como o Capitão América iria assumir em definitivo o seu posto de "capitão" e vencer, pelo menos, "Homem de Ferro 3", o filme levemente mais fraco já feito por Robert Downey Jr. (apesar de arrasador nas bilheterias)?

As 30 mortes mais marcantes em Game Of Thrones ilustradas

Confira as 30 mortes mais marcantes na série da HBO Game of Thrones baseada na saga de livros de George R. R. Martin, Crônicas de Gelo e Fogo . Tente descobrir de qual (ou quais) personagem cada ilustração está se referindo, e comente.



Godzilla - Trailer

Monstruoso, incontrolável, destruidor... Pelo menos nos trailers que estão sendo divulgados, o filme "Godzilla" já pode ser considerado como uma tentativa louvável de resgate de um clássico que marcou a vida de muita gente. O remake, dirigido por Gareth Edwards, tem a responsabilidade de retratar a origem da criatura japonesa, e é ambientado nos dias atuais. O que se pode ver, de maneira prévia, é um rastro de destruição incalculável, desespero e momentos aterrorizantes. Quem de nós não se arrepia vez ou outra com os urros de fúria de um dos monstros mais amados e temidos da história?

O ótimo elenco é composto por: Aaron Taylor-Johnson ("Kick Ass"), Ken Watanabe ("A Origem"), Elizabeth Olsen ("Martha Marcy May Marlene"), Juliette Binoche ("O Paciente Inglês", "Cosmópolis"), Sally Hawkins ("Blue Jasmine"), David Strathairn ("Boa Noite e Boa Sorte") e Bryan Cranston ("Argo" e a série de TV "Breaking Bad").

Será um bom remake?

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Veja os trailers já divulgados e vá aquecendo.

Gotham - Trailer


Deu o que falar a divulgação recente do trailer da série Gotham, criada por Bruno Heller (The Mentalist e Roma). Baseada no universo do personagem todo poderoso Batman (DC Comics), a nova série da FOX sem dúvidas já é uma grande sensação entre os fãs do homem morcego. Na centralidade de sua trama, está James Gordon, interpretado por Ben McKenzie (The O.C. e Southland). A ideia é trabalhar a história de Gordon quando ainda iniciava sua carreira de detetive. O que tem de Batman em tudo isso? Bem, o trailer já dá mostras de como Gordon e o garoto Bruce Wayne se conheceram, logo após o assassinato de seus pais. Gordon, inclusive, promete justiça a Bruce, apoiando-o nesses momentos conturbados. Além disso, a série, que está prevista inicialmente para 13 episódios, ainda deve desenvolver as histórias do surgimento de Mulher Gato, Coringa, Pinguim e Hera Venenosa.

Como um grande fã dessa atmosfera que envolve o obscuro mundo de Batman, eu não poderia estar mais feliz e apreensivo pela estreia da série no segundo semestre de 2014. E você? O que espera de Gotham? Tá mais pra Smallville ou mais pra Arrow? Ou a série vai impor seu estilo inteiramente próprio e inédito? 

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Veja o trailer:                                

5 Filmes sobre Mães

Em comemoração ao dia das mães, o Sociedade EnCena resolveu reunir 5 filmes que conta histórias de mulheres que tem esse privilégio de dar luz a uma vida e seus relacionamentos com suas crias. E é claro que ficou faltando outros filmes, então comente qual filme deveria estar nesta lista.
Feliz dia das mães a tod@s!

Álbum de família (2013)

Álbum de Família conta a história de três irmãs, Barbara (Julia Roberts), Karen (Juliette Lewis) e Ivy (Julianne Nicholson) que após um longo período separadas precisam voltar para casa e cuidar de sua dura, mas carismática mãe Violet (Meryl Streep).  O reencontro vai desencadeiar uma série de conflitos que, aos poucos, vai revelando os segredos de cada uma dessas mulheres. O desenrolar desses conflitos é emocionante.






Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)


Eva coloca suas ambições e sua carreira de lado para dar a luz a Kevin. A relação entre mãe e filho é difícil desde seus primeiros anos. Quando Kevin completa 15 anos de idade, ele faz algo irracional e imperdoável aos olhos de toda a comunidade. Eva lida com seus próprios sentimentos de tristeza e responsabilidade. Será que ela já amou o filho? E o quanto do que Kevin fez é culpa de sua mãe?

 




Praia do Futuro – Trailer

No filme Praia do Futuro, do diretor cearense Karim Aïnouz, Wagner Moura interpreta o salva-vidas Donato, que abandona o irmão mais novo, Ayrton (Jesuíta Barbosa), um menino que sonha com motos e super-heróis e admira o irmão. Na sua primeira falha em resgatar uma vida, Donato conhece Konrad (Clemens Schick), um alemão piloto de moto velocidade, amigo do afogado. Donato vai até Berlim em busca de uma nova vida ao lado de Konrad abandando seu irmão mais novo, que o idolatrava. Oito anos depois, Ayrton parte para a Alemanha em busca do irmão mais velho.



Praia do Futuro - Trailer oficial #1 (2014)

'É 2014, P*%#@, cadê o respeito?' ou uma reflexão sobre o documentário 'O Riso dos Outros'



Situação número 1: No início deste mês, o Digão, da banda Raimundos, interrompeu o show na cidade de Jaraguá do Sul, para dar uma baita lição de moral em uns indivíduos. Em uma atitude truculenta, essas criaturas não identificadas tentaram expulsar um casal de rapazes que se beijava durante a apresentação.  O vocalista da banda não só disparou um: 'É 2014, porra! Cadê o respeito?", como também chamou o casal para repetir o beijo lá mesmo, no palco, sob aplausos da multidão.
Pipocaram notícias sobre a atitude louvável de Digão, e aí surgiram artigos sobre a ação-preconceituosa-em-pleno-século-21 e finalmente explicações sobre como coibir esse tipo de violência e, claro, ironias aqui e acolá sobre garotinhos espertinhos que sobraram naquele espaço de muito rock'n'roll, palavreado de baixo calão, e... respeito.

Evolução visual do Homem-Aranha ao longo do tempo



Assim como publicamos aqui no site o Wolverine e a sua evolução visual ao logo do tempo, apresentamos agora um infográfico produzido pelo site Mashable contando um pouco da história do herói que tem que pagar as suas contas no fim do mês. 
Confira a interessante evolução visual nos quadrinhos, desenhos animados e no cinema. Comente qual foi a melhor fase do super-herói pra você.

Steve McQueen: O Poder do Cinema




                                   Cinema é importante; ele pode ser mais do que reportagem ou um romance que cria imagens de pessoas nunca viram antes, 
nunca imaginou que veria, talvez porque eles precisavam
 de alguém para imaginá-los.

Steve McQueen

Poucos cineastas na atualidade conseguem passar a voracidade da realidade na telona com tanta beleza fotográfica em aspectos devastadores dos dramas humanos como o diretor Steve McQueen. A linguagem cinematográfica e a preferência por assuntos polêmicos norteia os três longa-metragem do referido cineasta. Já em seu primeiro filme, Hunger (2008), McQueen expõe a peculiaridade de seu modo de fazer cinema recriando a história e questionando as noções de Mártir e Herói.

Assista ao trailer de Hunger


Três Heróis Russos contra o mundo [Animação]


Abrindo a sessão de humor do blog, orgulhosamente apresentamos a vocês um canal do youtube ainda pouco conhecido no Brasil, porém é um dos mais divertidos em termos de animação. Trata-se do Three Russian Bogaturs, canal russo da produtora RedMedusa, faz sátiras com a Cultura Pop através da lenda russa dos três heróis russos medievais. 
Se utilizando do humor nonsense, com traços simples de desenho, além de uma trilha sonora bem peculiar feita apenas com sons de boca; o canal conta histórias em 18 vídeos onde os três heróis encontram soluções divertidas e as mais loucas possíveis (e impossíveis) perante os problemas do mundo (real e irreal), contando com a participação de personagens midiáticos pop mundiais como: Super Mario, Darth Vader, Godzilla, Tartaruga ninja, 300 de Esparta, dentre outros. 

Confira a formidável história dos três heróis cavaleiros andantes russo, garanto que você vai dá boas risadas. Aperte o play e conte-nos o que achou nos comentários.


Three Russian Bogaturs Super Mario



O Lobo de Wall Street e aquele apreço incontido pelos politicamente incorretos


A você, pessoa de bom coração, que bota fé no desenvolvimento espiritual autogerado da humanidade. A você, que acredita na ética, na educação do caminho reto, na justiça que não, não falha, ainda que tarde. A você que repete desavisadamente aquela máxima reaça de que 'bandido bom é bandido morto'. Enfim, a você, pessoa certinha, que adora aqueles filmes (ou os slides no power point) que deixam uma boa e costumeira lição de moral, deixo-lhes um recado e um alerta: esta postagem pode ser encarada como um desserviço.  

Existem filmes que nos testam, que colocam em xeque até o mais bem resolvido integrante do lado *mocinho* da história. São longas desprovidos de hipocrisias moralistas, que trazem críticas a trator em forma de diálogos brilhantes e sem delongas, e que... bom, te fazem encarar um certo sentimento indesejado. Eis que, de repente, você *não quer* ver o bandido morto. Você sequer quer vê-lo preso ou se dando mal. Por você, aliás, é bom que a polícia nunca consiga capturá-lo e que os quase invisíveis prejudicados por suas sacanagens se lasquem busquem paz interior em outros territórios.

Alemão - um novo conceito

★★★★ (Muito bom)barriga
Olá, amigos leitores.

Fomos ao cinema, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acompanhar o filme "Alemão", dirigido pelo paulista José Eduardo Belmonte. Perceba: dizer onde vimos esse filme é fundamental para a compreensão dos elementos que norteiam minhas impressões sobre o mesmo mais à frente. O motivo é simples: assistir a essa produção em território carioca tem um significado que supera o simples envolvimento com a trama. Trata-se de uma trama baseada em um dos fatos recentes mais importantes para a cidade, com repercussão nacional e internacional, no combate do Estado ao tráfico de drogas. O Complexo do Alemão é um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, pacificado desde 2011 (junto a outros bairros que também vêm sofrendo intervenções do governo, com a ação das unidades de polícia pacificadora). Anteriormente a esse processo, o Alemão era indiscutivelmente considerado como um dos locais mais violentos da cidade do Rio de Janeiro, tendo como seu núcleo o Morro do Alemão. Não cabe aqui discutir os resultados das ocupações e as condições atuais desses territórios, isso poderíamos deixar para uma análise sobre o processo em outro espaço (e muito menos é o foco da produção). Mas sim, apontar algumas impressões sobre o filme, sobretudo no que confere a atuações de destaque. Fique tranquilo, acredito que não é um texto com tantos spoilers assim.

Lights Out – Curta metragem de terror

Curta metragem do premiado cineasta David F. Sandberg, mostra com apenas uma cena aparentemente simples e rotineira pode gerar tensão com alta dose de suspense. O filme apresenta uma mulher que ao apagar e acender as luzes começa a ver coisas além da sua imaginação.

Apague as luzes e confira! São apenas 3 minutos.


Assista o filme

Lights Out - Who's There Film Challenge (2013) from David F. Sandberg on Vimeo.

Curta Lights Out, Out, Lights Out, Curta de terror, terror 

PELO MALO - "Yo voy de cantante con el pelo liso"

★ (Excelente)

Filme da diretora venezuelana Mariana Rondón relata a história de Júnior (Samuel Lange Zambrano), um garoto de 9 anos que deseja ter uma foto com os cabelos lisos e com roupas bonitas iguais a um cantor famoso de seu país para levar a escola. Dessa narrativa principal temos a sua mãe, interpretada por Samantha Castillo, viúva, desempregada e com dois filhos para criar, a sua avó vivida por Nelly Ramos que renega o neto mais novo e ver uma veia artística em Júnior. O filme se passa no subúrbio da cidade de Caraca na Venezuela em condomínios criados na década de 1950.

O clima do filme é cercado de tensões. O tempo inteiro sentimos que acontecerá uma tragédia que seria o grande momento do filme, porém a diretora se manteve esse clima de tensão por considerar que o cotidiano dos personagens sejam assim. 

Hoje eu quero voltar sozinho

como  ★★★★ (Muito bom)

Se uma palavra pudesse descrever essa obra seria sutileza. O filme do diretor  Daniel Ribeiro  que também assina o roteiro. Em 2010 o mesmo diretor lançou o curta Eu Não Quero Voltar Sozinho que já foi comentado pelo blog,  cuja a temática é descoberta da sexualidade por um adolescente cego e também homossexual de uma forma inusitada. Hoje eu quero voltar sozinho tem um aspecto atemporal, pois a mudança de comportamento entre os personagens varia entre o início da adolescência e a aproximação da fase adulta e o espaço, por mais que seja explicitado que se passa em São Paulo, os cenários poderiam ser em qualquer cidade grande.

Hoje eu quero voltar sozinho, como dito antes, é sutil e extremamente sensível, não apenas por seu personagem principal ser cego, mas pela forma como ele toca nas temáticas principais: conflitos da adolescência, bullying, sexualidade e cegueira.

Léo (Ghilherme Lobo), personagem principal, sente-se preso/vigiado pelos pais e busca a sua independência, como parcela considerável dos adolescentes. O superprotecionismo da mãe o incomoda e o leva a pensar a sair de casa por desejar ser a liberdade, claro que isso de forma não planejada, ficando no campo dos desejos. Eu entendi esse como sendo o grande tema do filme, por isso a mudança do título “Hoje eu quero voltar sozinho”.